sexta-feira, 26 de outubro de 2012

iPad: Quando MENOS é mais, e muito é POUCO

Há cerca de 1 mês escrevi que a Apple estava ficando preguiçosa quando lançou o iPhone 5. A preguiça é algo natural em qualquer empresa de sucesso, disse.

Dia 23 de outubro foi o (pré-vazado) lançamento do iPad de 7 polegadas. E o que dizer? O aparelho é fantástico. Mesmo caro ($329) se comparado à concorrência, deve vender feito água (ou feito iPad). É leve, compacto e ainda mais prático que o primo maior. Menos é mais.

Porém, algo mais interessante ainda aconteceu na terça-feira. A preguiça decididamente ainda estava lá, mas com um twist.

Foi sem dúvida uma keynote muito produtiva, com vários lançamentos:
  • iPad mini
  • Novo iMac
  • Novo Mac mini
  • Macbook Pro 13 Retina
  • iPad de "quarta geração"

Com este último um padrão foi quebrado. As atualizações dos iPads seguiram o que pode-se chamar de iterações de hardware (iTrecos) e software (iOS) anuais da Apple, ou algo assim.

A cada ano uma nova versão do hardware era lançada geralmente seguida de uma nova versão do software. E a vida assim seguiu desde 2008. Mas o mundo muda rápido e o tablet passou a ser o gadget da vez (embora o lucro ainda esteja nos smartphones). Logo logo deve inclusive desbancar o PC em número de vendas globais.

E talvez seja por isso que o padrão tenha sido quebrado. Lançar a "quarta geração" do iPad cerca de 6 meses após lançar a terceira é prova de que a Apple passou a ver o tablet de outra forma. O form factor está estabelecido (e copiado) - e agora precisa evoluir até se tornar para as pessoas o que o computador pessoal foi anos atrás. Essa é a revolução.

Em outras palavras, o tablet de "commoditizou" e quer agora se tornar o rei do pedaço. Para isso ele vai precisar correr atrás de anos e anos de melhorias realizadas para o computador pessoal. Se pensarmos assim muito ainda é pouco.

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