terça-feira, 27 de junho de 2006

Videogame é coisa de criança?

Não vou negar, jogo videogame até hoje. Não com a mesma intensidade de quando tinha 14 anos, mas ainda com o mesmo prazer. Pra mim é uma diversão como outra qualquer e não merece nenhum tipo de preconceito. Dá pra reunir os amigos, jogar com a namorada, passar um tempo livre, competir e conhecer gente nova (através de lan-houses ou fóruns).

Minha geração cresceu jogando Master System, Mega Drive, SNES e Playstation. Fez parte tão integral da nossa convivência que tornou-se algo natural, até mesmo para aqueles que não continuam jogando hoje. Mas se é natural, porque ainda ouvimos falar que videogame é coisa de criança?

Aqui no brasil a resposta pode estar ligada a outro fator. Consoles modernos no país chegam a custar uma pequena fortuna, isso sem contar com os jogos. No país, não passa de um mercado minúsculo - muito distante do fenômeno de massa que eles representam no resto do mundo.

Imagine poder comprar um PlayStation 2 por apenas R$ 200,00 e ter jogos como Gran Turismo 4 ou Final Fantasy XI por míseros R$ 30? Sonho de consumo de todo gamer brasileiro com certeza. Uma realidade distante para a grande maioria, e algo que torna todos os aficcionados dispostos a pagar mais de mil reais num "brinquedo" apenas nerds - ou na falta de uma palavra melhor: crianças.

O preço absurdo pago no Brasil ajuda a intensificar distorções como a da pergunta-título do artigo. Será que esta pessoa diria isso se pudesse comprar um videogame de última geração como o Xbox360 por R$399 ao invés de R$2.500?

Os milhões de consumidores da Europa, EUA e Asia diriam que não.

P_G

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