Joguei o texto fora.
Logo em seguida comecei a escrever outro, que chamei provisoriamente de "Força e Foco", tentando discorrer sobre a falta de foco - e como isso poderia acabar com os ganhos reais do movimento. Dois dias depois começou-se a discutir a constituinte e a reforma política.
Joguei o texto fora.
Estamos diante de um daqueles momentos que definem o futuro, só não temos idéia de onde queremos chegar ainda. Mas cheguei a conclusão que isso não importa agora! A falta de liderança, de foco e de ideologia (graças!) é a força motriz dos movimentos sociais modernos.
Sério, quem ainda aguenta a lorota da esquerda X direita? Ou melhor: Quem é mais conservador, o direitista da oposição ou o esquerdista no poder?
O status quo está nos olhos de quem vê?
São perguntas difíceis de responder e eu nem me importo com elas no momento. Pra mim, ficou claro que a formatação difusa das manifestações aconteceu por uma razão óbvia: elas foram 100% espontâneas. Essa é a força delas. E a razão da sua vitalidade.
Ficou ainda mais claro que essa formatação coloca mais pressão na classe política, totalmente perdida. E deixa os esquerdistas e direitistas de plantão atordoados, sem saber se estão ou não representados naquele momento, portanto impedidos de se apropriar dele como bem quiserem. É a rede, estúpido!
Estamos no momento do caos, da tempestade. Logo mais, quando a calmaria vier, teremos um país melhor.
Assim espero.
Foto do NYTimes |
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