"É aquilo que fazemos do que temos, e não o que nos foi dado, que distingue uma pessoa de outra."
--Nelson Mandela
A crise americana de 2008 tornou-se a crise européia de 2010. Estamos em 2012 e a diferença é gritante. A primeira foi uma crise de confiança nos mercados, a segunda é uma crise de insolvência das nações. O drama é diferente e o remédio também.
É nítida a diferença entre a pouca dependência da sociedade no estado americano e a mão pesada dos países europeus.
A Europa é complexa, multi facetada mas mono politizada. Depois da segunda guerra, da guerra fria e do muro de Berlin o que restou como modelo político-econômico foi a social democracia. E só.
A escolha foi fácil e lógica, quase como a matemática elementar de 2+2: Somar a idéia de uma democracia livre com os sistemas de segurança social parecia bom demais pra ser verdade. E durante um tempo foi.
Foi essa a equação que o jovem europeu (de 20-30 anos) se acostumou. É papel do estado prover os meios necessários para a igualdade de condições entre os cidadãos. Educação e saúde foram escolhas fáceis e lógicas, mas - com uma mistura de populismo e leniência - o estado social-democrata evoluiu e passou a oferecer uma rede ampla, complexa e infindável de vouchers, seguros, descontos e desculpas para os fracassos e desventuras da população européia. E é caro e difícil voltar atrás.
Após 4 anos a crise americana está bem mais perto do fim. A economia está se "desindexando" dos ativos podres. Empregos já voltaram a ser criados. Os bancos estão pagando os bailouts e o governo americano deve lucrar (U$ 2 bilhões) com os resgates. Quanta diferença Mandela.
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